Espaces d'Interaction
[composição para dois percussionistas e live electronics, versão 2016]
Felipe Merker Castelani, Composição e live electronics
Espaces d’interactions é uma composição baseada em uma abordagem musical “granular”, apresentada tanto na construção das morfologias sonoras geradas pela escrita instrumental, quanto no tratamento eletroacústico em tempo real. O fluxo temporal é marcado por uma sucessão de ciclos de transformações, aplicados às diversas texturas musicais complexas.
Registro sonoro da performance realizada em 30 de março de 2016 na Maison des Sciences de l'homme Paris Nord como parte das colaborações entre a Université Paris 8, a Université de Montréal e a UNICAMP. Organização de Anne Sèdes, Alain Bonardi e Pierre Michaud.
Intérpretes: Les Percussions de Strasbourg (François Moreau, Rémi Schwartz, Galdric
Subirana, Arnaud Lassus, Tam Nguyen et François Papirer) e Javier Elipe (live electronics)
Gravação e mixagem: João Svidzinski
Ensaios abertos do Núcleo de improvisação
[música original para espetáculo de dança]
Concepção, direção artística e preparação Corporal: Zélia Monteiro - Criação dança: Ernesto Filho, Flávia Scheye, Gisele Calazans Marcela Páez e Paulo Carpino - Criação luz: Hernandes de Oliveira - Criação musical: Felipe Merker Castellani - Criação figurino: Joana Porto - Fotos e Arte Gráfica: Vitor Vieira - Produção: Ação Cênica Produções Artísticas - assistente de produção: Rafael Petri
Fotografia de Vitor Vieira
Fotografia de Vitor Vieira
Fotografia de Vitor Vieira
No campo da improvisação, a transitoriedade e a efemeridade das ações ganha relevo; a todo o momento as conexões entre as diferentes práticas artísticas podem tomar diferentes formas.
O Núcleo de Improvisação propõe um roteiro aberto ao instante da encenação. A dança é composta no jogo entre música, luz, espaço, figurinos e público.
Para estes compartilhamentos optamos por trabalhar com um procedimento de pesquisa a cada apresentação.
Em Exercício Compartilhado 1 priorizamos explorar uma coordenação base de cada dançarino, para através dela estabelecer possíveis diálogos com a iluminação e a música.
Percursos transitórios de Zélia Monteiro
[música original para espetáculo de dança]
Concepção e criação Dança, Zélia Monteiro - Criação iluminação cênica, Hernandes de Oliveira - Criação musical, Felipe Merker Castellani - Criação figurino, Joana Porto - Criação cenográfica, Núcleo de Improvisação - Assistente de ensaios, Key Sawao - Fotos e design Gráfico, Vitor Vieira - Produção, Ação Cênica Produções Artísticas - Assistente de produção, Rafael Petri
Fotografia de Camila Picolo
Fotografia de Camila Picolo
Fotografia de Camila Picolo
Desconstruir para reconstruir.
Para a pesquisa de Percursos transitórios, Zélia buscou elementos constitutivos da linguagem do balé para servirem como ignição das ações improvisatórias. Mas não se trata de uma abordagem dessa linguagem no seu contexto usual, no sentido da codificação de seus movimentos, específicos de uma época e tradição.
“Desde meu encontro com Klauss Vianna (1928-1982) o estudo de padrões de movimento e de possibilidades de reconfiguração destes, tornou-se uma tônica em minha pesquisa. Desconstruir para reconstruir. Realizar o gesto aprendido e treinado, buscando procedimentos desestabilizadores de sua organização, provocando assim novas maneiras de configurá-lo na sua relação com o ambiente. Códigos aprendidos, hábitos, quando desarticulados de seus contextos, se tornam vocabulário para a construção de danças, trazendo novos sentidos ao discurso daquele corpo”, relata a bailarina.
O balé também está no figurino. Não em forma do tutu que costumamos ver, mas das roupas de ensaios e aulas dos bailarinos. Luz e música, assim como a dança, também se baseiam na improvisação.
Territórios instáveis
[performance audiovisual]
Alessandra Bochio, Vídeo - Felipe Merker Castellani, Live electronics - Juliana Moraes, Performance
Imagem de Alessandra Bochio
Territórios instáveis é uma performance audiovisual criada coletiva e colaborativamente, buscando o estabelecimento de estratégias operatórias a partir das relações entre os meios visuais, sonoros e corpóreos, especificamente no contexto das práticas improvisatórias. Deste modo, a elaboração criativa é plenamente distribuída e emerge de um contexto de influências mútuas intensificadas: entre som, imagem e corpo, bem como entre próprias as ações dos artistas. Em Territórios instáveis, são integrados em um mesmo ambiente a produção e o tratamento de sons e imagens em tempo real, os quais a partir da presença corpórea da performer interagem e desdobram-se em múltiplas configurações.
Estrela sensível de Guto Requena
[instalação interativa]
Concepção, Guto Requena - Desenvolvimento arquitetônico, Daniel Vianna - Criação sonora, visual e desenvolvimento do sistema interativo: Felipe Merker Castellani e Fernando Falci
Fotografia de Pedro Kok
Fotografia de Pedro Kok
Fotografia de Pedro Kok
Projeto densenvolvido para a edição 2016 do Heineken Up On The Roof no Edifício Mirante do Vale, construção de 1966 sob autoria de Waldomiro Zarzur e Aron Kogan, localizada no Vale do Anhangabaú, centro histórico de São Paulo. No heliponto foi construído um pavilhão arquitetônico em forma de estrela que interage aos estímulos das pessoas e do ambiente através de um grupo de sensores, respondendo com luzes e sons. Um grande instrumento musical em que os visitantes remixam com o próprio corpo em movimento dentro da estrela, a paisagem sonora coletada no entorno do edifício, como feiras de rua, trânsito, praças, Mercado Municipal e o Mosteiro São Bento.
Zonas de indiscernibilidade
[instalação interativa]
Concepção e desenvolvimento, Alessandra Bochio - Concepção e desenvolvimento, Felipe Merker Castellani - Concepção e desenvolvimento, Fernando Falci - Projeto e desenvolvimento cenográfico, Borys Duque e Matheus de Jesus (Ateliê Térreo).
Fotografia de Everton Amaro (SESI-SP)
Fotografia de Everton Amaro (SESI-SP)
Zonas de Indiscernibilidade é uma instalação interativa que conta com 4 painéis que formam uma estrutura arquitetônica na Alameda das Flores, situada na Avenida Paulista na cidade de São Paulo. No interior dos painéis são instalados sensores infravermelhos, elementos piezo elétrico e câmeras, que capturam as ações do público e os movimentos dos pedestres na Avenida Paulista. Estes, por sua vez, são processados digitalmente por programas de geração de imagens e sons em tempo real. As imagens são visualizadas na Galeria de Arte Digital SESI-SP. A estrutura e sua composição buscam oferecer uma dupla experiência: ao mesmo tempo em que modificam a paisagem circundante e possibilitam ao público outra relação com o espaço urbano, funcionam como interface para a geração materiais audiovisuais. Tal fato proporciona ainda a visualização e a ampliação dos gestos e das ações dos participantes a partir de suas projeções na Galeria Digital.
Neste sentido, a obra não trata apenas do espaço urbano, mas também de um espaço em trânsito, que está entre o público e o privado, entre o macro e o micro, entre a tátil e o visual, entre o material e o imaterial. É ainda por meio desses trânsitos que é possível vislumbrar a arquitetura da cidade como algo fluido, situado entre as ações humanas e o ambiente que nos cerca.
A instalação foi criada em 2016 para a mostra Vestígios Paulistanos realizada na Galeria de Arte Digital do Sesi-SP com curadoria de Luciana Paulillo (SESI-SP).