Paisagens fluidas
[instalação interativa]
Alessandra Bochio, Concepção e desenvolvimento - Felipe Merker Castellani, Concepção e desenvolvimento- Alessandra Rodrigues, Projeto e fabricação dos objetos e da superfície interativa - Juliana Harrisson Henno, projeto dos objetos e da superfície interativa
Fotografia de Alessandra Bochio
Fotografia de Fernanda Ligabue e Rafael Frazão
Fotografia de Alessandra Bochio
Fotografia de Fernanda Ligabue e Rafael Frazão
Paisagens fluidas busca dar continuidade às pesquisas dos artistas Alessandra Bochio e Felipe Merker Castellani, as quais possuem como ponto central as convergências e as inter-relações entre corpo, som e imagem, especificamente em ambientes de criação coletiva e colaborativa. Na instalação interativa Paisagens fluidas, o público é convidado a vivenciar alguns dos processos de criação utilizados pelos artistas em seus trabalhos, além de se tornar parte integrante da rede de inter-relações que se desenvolve a partir dos dispositivos tecnológicos utilizados. A partir de uma superfície interativa, na qual estão instaladas câmeras de vídeo e microfones, o público interage e explora as qualidades plásticas e sonoras de alguns objetos cotidianos e de outros fabricados especialmente para a instalação.
A instalação foi criada em 2015 para a mostra Arquinterface realizada na Galeria de Arte Digital do Sesi-SP com curadoria de Giselle Beiguelman e Luciana Paulillo.
Continuidades
[música acusmática]
Felipe Merker Castellani, Composição
Continuidades foi composta especialmente para a coluna da Natália Keri na revista sobre cultura eletroacústica Linda. Como o próprio título sugere, a peça consiste em um contínuo desdobramento de configurações sonoras texturais, as quais foram estritamente produzidas a partir de sons considerados comumentemente como low-fi.
Partitura Quixeramobim #3
[performance audivisual]
Alessandra Bochio, Vídeo - Annita Malufe, Textos e leitura - Felipe Merker Castelani, Live electronics - Julia Studart, Textos e leitura - Manuel Ricardo de Lima, Textos e leitura - Silvio Ferraz, Captação e criação de materiais sonoros pré-gravados
Partitura Quixeramobim #3 é uma performance audiovisual realizada a partir da leitura de poemas, os quais atuam como catalisadores das relações entre imagem e som, entre sentido e imagem, entre som e sentido, entre voz e música. A performance é um desdobramento da residência artística "Como rasurar a paisagem", concebida por Manoel Ricardo de Lima e Mayra Martins, da qual participaram artistas de diversas áreas, como literatura, artes visuais, música e cinema.
Performance estreada em 2015 na III Jornada do Grupo de Estudos de Poética realizada na PUC-SP.
Entremeios
[improvisação audivisual]
Alessandra Bochio, Vídeo - Alexandre Zamith, Piano - Felipe Merker Castellani, Live electronics - Rogério Costa, saxofones
Fotografias de Lílian Campesato
O grupo Entremeios surgiu a partir de práticas e interesses comuns de seus artistas no desenvolvimento de performances audiovisuais envolvendo improvisação com instrumentos acústicos (piano e saxofones), eletrônica ao vivo e processamentos de imagens em tempo real. As performances são resultantes de processos colaborativos nos quais os tradicionais rótulos de compositor e intérprete são diluídos e a elaboração criativa é plenamente distribuída. Nelas há uma ampla exploração das potencialidades sonoras dos instrumentos (quer por meio da exploração de recursos técnico-instrumentais, quer por meio dos processamentos sonoros), bem como uma íntima interação entre sons e imagens, em um ambiente de interferências mútuas. Ainda que envolvam pré-elaborações de variados graus, essas propostas guardam sempre lugar para o impulso improvisatório, de maneira que o tempo real deixa de ser apenas um momento de reprodução, mas se potencializa como um momento de criação e compartilhamento. Entremeios surgiu a partir do ambiente de pesquisa e prática artística do Nusom (Núcleo de Pesquisa em Sonologia da ECA - USP).
Performance/Intervenção no CMU - USP
Na Performance/Intervenção realizada em 2015 no hall do Departamento de Música da ECA - USP apresentamos alguns dos percursos improvisatórios audiovisuais elaborados coletivamente pelos membros do grupo. Nestes, imagem e som, som instrumental e eletroacústico, percursos temporais pré-estabelecidos e decisões locais das ações dos performers interagem construindo uma rede por meio da qual os diferentes meios de expressão artística se conectam e reconectam incessantemente.
Passagens transitórias e permanências, espasmos e vazios
Passagens transitórias consiste em um percurso audiovisual construído a partir da tensão entre a liberdade local das ações dos artistas e a busca pelo delineamento global do fluxo performativo. A partir de um roteiro pré-estabelecido, os planos visual e sonoro compartilham processos temporais, criando tanto momentos de amálgama quanto de atrito.
Permanências, espasmos e vazios é um percurso improvisatório, no qual em um primeiro momento as ideias sonoras e visuais vão sendo criadas gradativamente. Deste movimento surge uma textura consistente. A partir daí estabiliza-se uma espécie de organismo que exerce suas potências se transformando por dentro. O silêncio (visual/sonoro, individual/coletivo) eventual funciona como uma turbulência que gera espasmos no fluxo sonoro. Após cada ocorrência desses espasmos silenciosos a textura retorna, cada vez mais distorcida, e tende à desorganização. Gradativamente a desorganização se impõe, gerando um último espasmo, que conduz ao vazio final.
A performance foi estreada em 2015 no Forum IRCAM-SP realizado no Auditório do Instituto de Artes da UNESP.